Defesa em Ação de Execução Fiscal: É Possível? Saiba Como o Devedor Pode Agir
As ações de execução fiscal são instrumentos utilizados pela Fazenda Pública para cobrar dívidas tributárias ou não tributárias (como multas administrativas) inscritas em dívida ativa. Para o devedor, essa situação pode parecer um beco sem saída, mas é importante destacar que existem meios legais de defesa previstos na legislação.
CONSUMIDOR
Sandra Fideles
11/27/20242 min ler
É possível contestar uma execução fiscal?
Sim! A execução fiscal não é um processo imune à contestação. No entanto, por se tratar de uma execução, a discussão judicial é mais restrita. Isso significa que o devedor não pode simplesmente alegar qualquer argumento; é necessário fundamentar sua defesa em pontos específicos permitidos pela lei.
Quais são os principais meios de defesa?
Exceção de Pré-Executividade:
Esse instrumento é utilizado para contestar vícios formais ou matérias de ordem pública no processo, sem necessidade de garantia do juízo (ou seja, sem oferecer bens para penhora). Por exemplo:
Cobrança de dívida já paga ou prescrita;
Ausência de requisitos do título executivo (como a certidão da dívida ativa);
Ilegalidades evidentes no procedimento.
Embargos à Execução Fiscal:
Trata-se da defesa principal, que só pode ser apresentada após a garantia do juízo, seja por depósito judicial, penhora de bens ou fiança bancária. Nos embargos, o devedor pode alegar questões como:
Erros no cálculo do débito;
Ausência de fato gerador do tributo;
Ilegalidade do lançamento tributário.
Ação Anulatória de Débito Fiscal:
Em algumas situações, o devedor pode ingressar com uma ação autônoma para discutir a legalidade da dívida ou do procedimento de cobrança, desde que cumpra os requisitos legais, como a garantia do juízo.
Dicas para quem está sendo executado
Procure um advogado especializado: A execução fiscal envolve procedimentos técnicos e específicos, que exigem conhecimento profundo da legislação tributária e processual.
Avalie a possibilidade de negociação: Em muitos casos, é possível aderir a programas de parcelamento ou renegociação de dívida, como os oferecidos pela Fazenda Pública, para evitar a penhora de bens ou restrições mais severas.
Atue rapidamente: As execuções fiscais podem gerar bloqueios de contas, penhoras e outras medidas. Uma resposta ágil pode evitar maiores prejuízos.
Conclusão
A execução fiscal, embora seja uma ferramenta poderosa da Fazenda Pública, não significa o fim da linha para o devedor. Com a orientação adequada, é possível apresentar defesas e, em alguns casos, até extinguir a cobrança. Caso você esteja enfrentando esse tipo de situação, não hesite em buscar orientação jurídica e explorar todas as opções legais disponíveis.
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Sandra Fideles Advocacia e Assessoria jurídica
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